Imagine uma época onde cada saída de espaços protegidos poderia fazer a diferença entre a vida e a morte—não só devido a predadores, mas também devido ao frio que podia ser implacável. Há cerca de 25 mil anos, no chamado último glaciar máximo, o frio na Europa, coberta por gelo em muitas áreas, era intenso e os nossos antepassados não podiam enfrentá-lo sem a
proteção extra de vestuário que, graças a uma pequena grande invenção – a agulha com buraco, podiam coser com eficácia e em camadas, assegurando uma proteção
adequada do corpo.
Mas a história da roupa começa muito antes deste pequeno objeto e, também, antes deste último e rigoroso período glaciar.
Na Pré-História Antiga não havia pret a porter, nem tão
pouco tecidos confortáveis. Em vez disso, os nossos antepassados tiveram de contar com o seu engenho, transformando lentamente as peles dos animais que
caçavam em algo que pudesse garantir a proteção dos seus corpos e assim aumentar as hipóteses de sobrevivência.
Mas como descobriram este processo? E
quais eram as ferramentas que utilizavam para o fazer antes da invenção da agulha com buraco, objeto pequenino, mas bastante revolucionário.
A agulha é daqueles casos que passa despercebido, um objeto a que não damos grande valor, mas marcou um ponto de viragem na história da humanidade. Com este objecto já não se tratava apenas de costurar roupas para
manter o corpo quente, estas eram também uma forma de expressão cultural.
Então, como passámos de peles de animais lançadas sobre os ombros a roupas costuradas e decoradas com precisão?